Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher nos leva a refletir sobre números alarmantes do País

Por Instituto Beja, outubro 10, 2022
Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher nos leva a refletir sobre números alarmantes do País

10 de outubro é comemorado o Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher. A data leva à reflexão dos números da violência contra a mulher e o que se tem feito para combater o problema.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) divulgou, na última sexta-feira (7), dados da segunda edição da operação Maria da Penha, com foco no combate a crimes de violência doméstica e feminicídio. Segundo a pasta, em um mês, foram presos 12.855 suspeitos no País. O ministério afirma ainda que 58.340 boletins de ocorrência foram registrados e 41.600 medidas protetivas de urgência foram concedidas, requeridas ou expedidas. A ação ocorreu nos 26 estados e no Distrito Federal.

Apoiamos aqui no Instituto Beja desde práticas preventivas nessa temática, ligadas a educação de meninos e meninas, a aquelas de incidência direta, que acolhem meninas e mulheres em risco ou que já sofreram com algum ato violento. Um exemplo disso se dá pela integração com geração de renda e autoconsciência. Também fomentamos iniciativas que viabilizem a infraestrutura de equidade de gênero, como campanhas e advocacy de incidência no poder público nessa pauta.

Central de Atendimento à Mulher

O Ligue 180, além de receber denúncias, presta informações sobre o que fazer em caso de violação de direitos, especialmente os relacionados à violência doméstica e familiar.

A origem da data

O dia 10 de outubro de 1980 foi marcado por um movimento que começou em São Paulo, quando mulheres reuniram-se nas escadarias do Teatro Municipal para protestar contra o aumento dos crimes de gênero em todo o país. A partir daí, a data passou a integrar o calendário das celebrações femininas no Brasil.

Devido à coragem dessas manifestantes, em 2006 foi sancionada a Lei Maria da Penha, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. A legislação é conhecida por 98% da população brasileira e, por causa dela, foi estruturada a rede de atendimento especializada para as mulheres vítimas de violência.

Fontes: ONU Mulheres, Agência Patrícia Galvão