Dia Mundial de Prevenção à gravidez na adolescência alerta para riscos à gestante e ao bebê

Por Instituto Beja, setembro 26, 2022
Dia Mundial de Prevenção à gravidez na adolescência alerta para riscos à gestante e ao bebê

Mais de 17 mil meninas de até 14 anos foram mães em 2021, segundo dados do SUS. Outro levantamento, da Plan International Brasil e do Instituto Planejamento Familiar, aponta que todos os dias, 1.150 bebês nascem de mães adolescentes no Brasil. Já o Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) informa que a cada mil brasileiras entre 15 e 19 anos, 53 se tornaram mães em 2020, enquanto a média mundial é de 41. De acordo com este último levantamento, o problema é crônico em nosso País e afeta principalmente meninas negras e pobres.

Entre as principais consequências de uma gravidez precoce estão: os riscos físicos, como hipertensão arterial gestacional, anemia e partos prematuros; a tendência ao abandono dos estudos e a não profissionalização, o que deixa as jovens mais sujeitas à violência doméstica. Por isso, a prevenção é fundamental.

É importante lembrar que, de acordo com a legislação vigente, sexo com menores de 14 anos é considerado estupro de vulnerável. Vítimas têm direito a aborto legal, caso engravidem.

Aqui no Instituto Beja, entendemos que o desenvolvimento humano se dará de forma integral quando cada indivíduo estiver consciente de suas potencialidades e responsabilidades, encontrando caminhos para sua independência. Acreditamos também que o acesso à educação de qualidade irá contribuir para o rompimento do ciclo de pobreza e desigualdades sociais no longo prazo.

Riscos

Além do aspecto social – a adolescente tem, por exemplo, sua vida escolar interrompida – e do aumento da situação de vulnerabilidade dessa jovem mãe e seu bebê, principalmente no caso de famílias com baixa renda, são muitos os riscos à saúde da mãe e do bebê. Elevação da pressão arterial, anemia e crises convulsivas (eclâmpsia e pré-eclâmpsia) são alguns dos problemas que podem acometer a adolescente grávida. Dentre os problemas mais comuns no bebê, estão a prematuridade e o baixo peso ao nascer.

Relatório das Nações Unidas destaca, por exemplo, que as mortes perinatais são 50% mais altas entre recém-nascidos de mães com menos de 20 anos na comparação com recém-nascidos de mães entre 20 e 29 anos.

A maternidade precoce traz uma tendência de abandono dos estudos e não profissionalização, o que deixa essas jovens mais sujeitas à violência doméstica. Por isso, a prevenção é fundamental.

Aqui no Instituto Beja, nossa missão é promover o desenvolvimento humano integral. Entendemos que isso somente será possível quando cada indivíduo estiver consciente de suas potencialidades e responsabilidades, encontrando caminhos para sua independência.

Também acreditamos nas famílias, com sua diversidade de formas e constituições, e em sua importância para o desenvolvimento de cada pessoa. Por isso, apoiamos a prática do autocuidado e da atenção plena. Também temos como pressuposto que o acesso à educação de qualidade irá contribuir para o rompimento do ciclo de pobreza e desigualdades sociais no longo prazo.

Fontes: Agência Patrícia Galvão, Estado de S. Paulo, G1 e Sociedade Brasileira de Pediatria.