Dia Mundial da Criança reflete sobre importância dos direitos da criança, educação antiracista e políticas públicas
O Dia Mundial da Criança (20) comemora a adoção da Convenção sobre os Direitos da Criança, aprovada pala Organização das Nações Unidas (ONU) em 20 de novembro de 1989. O documento apresenta um conjunto de padrões a serem seguidos por todos os países, incluindo o princípio da não-discriminação.
Para a Agenda 227 (@agenda227) – movimento em defesa dos direitos de crianças e adolescentes que conta com a nossa adesão – priorizar meninas e meninos na construção da sociedade e de políticas públicas é cuidar do presente e do futuro do país. Hoje este público representa mais de 70 milhões de pessoas de 0 a 18 anos.
No dia em que também é comemorado o Dia da Consciência Negra, é prioritário refletirmos sobre a importância de educar as crianças desde a primeira infância para que respeitem a diversidade e sejam também antirracistas.
Outro ponto que merece atenção é como a falta de representações e referências não-brancas impacta diretamente na autoestima e desenvolvimento das crianças negras, como destaca a @fundacaomariacecilia. Por isso, a importância de utilizar ferramentas lúdicas, como bonecos com vários tons de pele, livros com protagonistas negros, para incentivar o autoamor dessas crianças e a valorização da sua cultura.
Aqui no Instituto Beja, apoiamos projetos que ampliem a educação infantil de qualidade, dêem visibilidade aos direitos das crianças e valorize a equidade de gênero.
Levantamento do Unicef mostra que racismo e discriminação contra crianças está presente em todo o mundo
De acordo com dados recentes do Unicef, racismo e discriminação contra crianças prevalecem em países do mundo todo. A discriminação e a exclusão aprofundam a privação e a pobreza entre gerações e resultam em piores resultados de saúde, nutrição e aprendizado para as crianças.
Além disso, a análise de 22 países de baixa e média renda mostrou que grupos privilegiados têm duas vezes mais chances de ter habilidades básicas de leitura.
Em média, os alunos de sete a 14 anos de grupos mais favorecidos têm o dobro de chances de apreenderem a ler do que os do grupo menos favorecido.
Fontes: ONU, Agenda 227, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e UNICEF Brasil