Dia da Luta Nacional das Pessoas com Deficiências: inclusão de alunos nessa condição aumenta, mas falta atendimento educacional especializado

21 de setembro é dia de reconhecer, reafirmar e refletir sobre as políticas e ferramentas para inclusão das pessoas com deficiência. 

Estudos mostram que crianças com deficiência incluídas desenvolvem habilidades mais fortes em leitura e matemática, são menos propensas a problemas comportamentais e mais aptas a completar o ensino médio que as não incluídas. 

Alguns trabalhos também mostram que a inclusão de crianças com deficiências em turmas regulares garante benefícios para todos os alunos da sala, formando crianças menos preconceituosas e mais receptivas às diferenças.

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, coordenada pelo IBGE, mais de 17 milhões de pessoas foram contabilizadas com deficiência no País. Entre as crianças de 2 a 9 anos de idade, 1,5% (332 mil) tinham algum tipo de deficiência, enquanto entre os idosos (60 anos ou mais), esse percentual foi de 24,8% (8,5 milhões). Em 2019, apenas 28,3% das pessoas com deficiência, na faixa de 14 anos ou mais de idade, integravam a força de trabalho, percentual que era de 66,3% para a população sem deficiência.

De acordo com o Censo Escolar do Inep de 2021, a inclusão de alunos com deficiência em classes regulares dobrou desde 2011, passando de 558 mil para 1,15 milhão de estudantes. O desafio agora é tornar as escolas mais acessíveis. Dados do Censo mostram que nem a metade das escolas do País está equipada com rampas ou banheiros acessíveis. Além disso, só uma em cada cinco escolas públicas no Brasil possui atendimento educacional especializado para crianças com deficiência.

Uma de nossas frentes de atuação busca reduzir desigualdades sociais por meio do fomento e da promoção do cuidado integral e desenvolvimento pleno do indivíduo. Acreditamos que a inclusão é fundamental nesse processo e também que todos têm direito à educação qualificada viabilizada e ampliada.